A depressão na terceira idade é tão comum quanto na fase adulta, embora alguns autores considerem que ela tem sido subdiagnosticada por alguns preconceitos vigentes, como aquele de que seria “normal” nessa idade a pessoa ficar mais triste, mais retraído do meio social e sentir mais dores. De fato, o velho tende as queixas somáticas são maiores no velho deprimido e devem ser levadas em conta (alterações do sono, do apetite, sensibilidade à dor, etc.) e nem sempre o humor triste serve de parâmetro, podendo ser expressado pela ansiedade ou sensação de vazio.
Ao longo da vida, passamos por vários ciclos em que mudanças fisiológicas específicas caracterizam cada fase. No envelhecimento não é diferente. Um dos cuidados nutricionais mais importantes com a pessoa idosa é a sua manutenção hídrica. Dentre as alterações sensoriais no envelhecimento está a hipodipsia, que é a diminuição do número e da sensibilidade de receptores corporais responsáveis pelo controle da sede. Em poucas palavras, o idoso sente menos sede mesmo que seu corpo esteja necessitando de água. Por isso, essa faixa etária é mais propensa a desidratações.
Os idosos são a fração populacional que mais consome medicamentos. Além disso a expectativa de vida está aumentando constantemente no Brasil. Isso nos leva a uma preocupação sobre os riscos inerentes ao uso de medicamentos nesta faixa etária. As alterações fisiológicas que ocorrem normalmente com o envelhecimento aumentam o risco de reações adversas, interações medicamentosas e interações entre medicamentos e alimentos. Desse modo, muitos fármacos seguros para a população adulta passam a ser inapropriados aos idosos.
A perda óssea é um processo fisiológico que tem início na vida adulta e continua durante a velhice. A osteoporose ocorre quando essa perda ultrapassa 25% e o esqueleto pode sofrer fraturas por traumas mínimos. Hoje ela acomete cerca de 10 milhões de brasileiros e 200 mil pessoas morrem anualmente em decorrência de complicações de fraturas.